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On » sexta-feira, janeiro 05, 2007 //
Governo turco proíbe Pokémon e Brasil discute o assunto.



Luis Eduardo, deputado do PDT carioca, propõe a proibição de desenhos animados violentos.
O desenho que se tornou febre entre as crianças de todo mundo, o Pokemón, e seus 150 monstros foram banidos da Turquia, depois que o ministro da Saúde turco, Osman Durmus, relacionou os desenhos ao fato de duas crianças, em locais diferentes daquele País, terem se jogado da varanda de altos prédios, pois acreditavam ter os mesmos superpoderes dos personagens da série japonesa.
No Brasil, o assunto também começou a incomodar o deputado federal Luiz Eduardo (PDT/RIO), que criou o projeto de lei 762/99, proibindo desenhos violentos na televisão, depois de observar detalhadamente as reações de sua filha de seis anos.
Na Turquia, o comitê de censura ordenou ao canal ATV que deixe de exibir a série Pokémon e o Alto Conselho de Televisão e Rádio puniu o canal, deixando-o fora do ar durante um dia.
O desenho japonês é exibido em 60 países e a Turquia seria o primeiro país a proibi-lo. Esse fato foi o principal argumento do diretor da ATV, Zuhtu Sezer, preocupado também com o impacto que essa medida possa ter nos esforços para que a Turquia faça parte da União Européia. "Onde está a liberdade de expressão?", protesta.
Para o deputado brasileiro Luiz Eduardo, a série japonesa é a responsável pela alteração de comportamento de sua filha de seis anos, uma tese que foi tomando corpo na medida em que o deputado acompanhava matérias sobre o impacto negativo destes desenhos em crianças australianas e norte-americanas.
"Todas as histórias desta série tem a luta como base. É muito diferente de um desenho do Pernalonga, por exemplo", acredita. O deputado conta que conseguiu, depois de muita conversa, convencer a filha a não assistir mais ao Pokémon. "Minha filha mudou depois disso; chora menos e deixou de ser agressiva", garante o parlamentar.
Primeiro Round: O deputado lamenta que a Comissão de Seguridade Social Família, no Congresso Nacional, tenha rejeitado seu projeto de lei. O relator da Comissão, deputado José Linhares (PPB-CE), acredita que a proposta é inconstitucional, já que as leis brasileiras vedam qualquer tipo de censura de natureza política, ideológica ou artística. Mas o assunto não vai parar por aí.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comissão de Informática e sua constitucionalidade estará à prova em outra comissão, a de Constituição e Justiça e de Redação. Se for aprovada, o projeto contra desenhos violentos será votado em Plenário. Os desenhos japoneses prometem começar uma nova batalha jurídica envolvendo TV e crianças.

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